No passado dia 31 de janeiro decorreu mais um Sarau Cultural, intitulado “Quem Quer Ser Herói?”, que contou com a presença do Arcebispo Primaz de Braga, D. José Cordeiro, que o considerou “um espetáculo memorável”. Este foi o culminar de um longo processo, iniciado no mês de outubro, levado a cabo pelos quase 180 alunos do 12.º ano do Colégio D. Diogo de Sousa. Através de apresentações de dança, música, teatro e até ginástica acrobática, o espetáculo transmitiu os valores humanistas desta instituição através das habilidades artísticas dos estudantes. 

Cada turma ficou com a responsabilidade de trabalhar um tema. No caso, o espetáculo envolveu cinco heróis (Clássico, Medieval, Romântico, Fantástico e Contemporâneo), aos quais se juntou, no final, um Anti-Herói. Juntos, eles competiram pelo título de vencedor de um “concurso” encenado, proporcionando ao público uma série de atuações de alta qualidade artística. Essas atuações refletiram o esforço e a dedicação dos alunos ao longo dos quatro meses de preparação. 

As primeiras palavras da noite foram as do Sr. Arcebispo. Para além de dar as boas-vindas, afirmou que os alunos iam mostrar, “com a sua inteligência, competência, veia artística, o que significa a coragem da esperança”, associando assim o tema do Sarau ao do corrente ano Jubilar “Peregrinos de Esperança”. O evento também reafirmou o compromisso com um ensino de excelência e qualidade por parte de uma instituição de referência tanto a nível regional como nacional.  

Ao longo de mais de três horas e meia, o público pôde apreciar as mais variadas atuações, que representaram os episódios mais variados, desde as peripécias de Thor e do seu martelo perdido até aos Piratas das Caraíbas, passando pelos feitos de Joana D’Arc e de muitos outros heróis. A variedade do espetáculo estendeu-se também aos estilos de dança demonstrados, que vão do hip-hop ao tango. Como já vai sendo habitual, o espetáculo foi dominado pela variedade de elementos da dança contemporânea.  

Cada quadro conseguiu transmitir a sua própria mensagem, mas a ideia geral é que todos podemos ser heróis. Esta mensagem foi, por exemplo, crivada na atuação do Herói Contemporâneo, que recorreu, inclusive, aos quadros fortes – e muitas vezes chocantes – do Holocausto para mostrar que, quando falta a tolerância e amor ao próximo, a maldade do homem parece não ter limites. Diante deste mal, qualquer um, em qualquer posição, pode mostrar virtudes heroicas. Por isso, a turma fez questão de apresentar diferentes profissões como possíveis heróis.  

Em linha com esta mensagem, o vídeo final mostrou os verdadeiros heróis na sala, que, na perspetiva dos alunos, eram os próprios pais. Precisamente por esta razão, o “prémio” do concurso não foi para nenhuma atuação em específico: ganharam todos. Certamente, todos os que participaram no evento saíram mais enriquecidos desta experiência social que muito caracteriza os finalistas deste colégio. 

 Por fim, os que assistiram ao espetáculo ficaram com uma ideia do excelente potencial artístico dos alunos.